quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Confie em mim - Harlan Coben

" A adolescência era um período recheado de angústias, turbinado por hormônios, um vendaval de emoções ressentidas ao extremo. E tudo passava tão rápido. Mas não se podia dizer isso a um adolescente. Se fosse possível fazer um adolescente ouvir uma única pérola de sabedoria dos pais, seria bastante simples: "Isto também passará", e depressa. Eles não ouviriam, claro, pois é justamente aí que residem a graça e a desgraça da juventude".

"Por que nós, humanos, nunca aprendemos as lições que deveríamos aprender? O que haverá na nossa índole que, na verdade, nos empurra para aquilo que deveríamos repelir"?

"É estranho, mas todos queremos que nossos filhos concordem com nossos pontos de vista, como se eles fossem melhores e mais saudáveis que os dos nossos próprios pais. Mas por que seriam? Porque fomos criados da maneira certa ou porque descobrimos por nós mesmos? E nossos filhos, poderão fazer suas próprias descobertas"?

"Dois irmãos são criados exatamente da mesma maneira e se tornam adultos completamente diferentes: um, gentil e afável; o outro, um assassino. Há quem diga que é uma "programação genética", a vitória da natureza sobre a cultura, mas às vezes o caso nem é esse: trata-se apenas de algum acontecimento aleatório que altera a vida de uma pessoa, algo no vento que se mistura à química cerebral dela, qualquer coisa. E então, depois da tragédia, procuramos explicações e, mesmo que as encontremos, não passarão de teorias".

"A confiança é assim. Podemos quebrá-la pelos melhores motivos do mundo, mas ela permanecerá quebrada para sempre".

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