quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A menina que roubava livros - Markus Zusak

• Mais Rudy Steiner não pode resistir a um sorriso. Em anos vindouros, ele seria um doador de pão, não um ladrão - mais uma prova de como o ser humano é contraditório. Um punhado de bem, um punhado de mal. É só misturar com água.

• Viver. Viver era ficar vivo. O preço era a culpa. Aliada à vergonha.

• Dizem que a guerra é a melhor amiga da morte, mas devo oferecer-lhe um ponto de vista diferente a esse respeito. Para mim, a guerra é como aquele novo chefe que espera o impossível. Olha por cima do ombro da gente e repete sem parar a mesma coisa: "Apronte logo isso, apronte logo isso". E aí a gente aumenta o trabalho. Faz o que tem que ser feito. Mas o chefe não agradece. Pede mais.

• Aquele verão foi um novo começo, um novo fim. Quando olho para trás, lembro-me de minhas mãos escorregadias de tinta e do som dos pés de papai na Rua Munique, e sei que um pedacinho do verão de 1942 pertenceu a um homem só. Quem mais pintaria pelo preço de meio cigarro? Papai era assim, isso era típico, e eu o adorava.

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