quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Quando Nietzsche chorou - Irvin D. Yalom


O livro trata da história da grande amizade que nasceu entre o filósofo Nietzsche e um dos pais da psicanálise, Josef Breuer. Sem esquecer, que é uma obra de ficção, onde o autor esclarece em suas notas que Nietzsche e Breuer nunca se conheceram. O autor se utiliza de fatos reais com uma boa dose de ficção e resulta em uma história fascinante.
O romance de Lou Salomé e Nietzsche foi ameaçado pela interferência de Elisabeth, irmã de Nietzsche que não aceitava esta relação. Com o rompimento do romance, Lou Salomé teme pela saúde mental de Nietzsche. Acredita que o mesmo queira se suicidar.
Através de uma nova técnica utilizada para cura de histeria, apresentada pelo Dr. Breuer, em uma palestra, Lou Salomé acredita que o médico possa ajudar Nietzsche. O problema seria aproximar Nietzsche de Breuer. A solução encontrada foram as fortes crises de enxaqueca sofridas por Nietzsche. Dr. Breuer precisava desenvolver uma técnica para tratar o problema psicológico de Nietzsche sem que o mesmo soubesse que estava sendo tratado e que por trás estava Lou Salomé. Deste tratamento decorre uma grande amizade entre os dois, onde o médico acaba se tornando paciente. Dr Breuer, médico conceituado e renomado com uma vida estável, de repente se vê questionando sobre certas verdades que sempre procurou não ver.
Nessa mistura de filosofia, psicologia e literatura, como não poderia deixar de ser, o livro é todo permeado de muita reflexão acerca da vida. Aqui destaco: “Para se relacionar plenamente com o outro, você precisa primeiro relacionar-se consigo mesmo. Se não conseguimos abraçar nossa própria solidão, simplesmente usaremos o outro como um escudo contra o isolamento. Somente quando consegue viver como a águia, sem absolutamente qualquer público, você consegue se voltar para outra pessoa com amor; somente então é capaz de se preocupar com o engrandecimento do outro ser humano”.

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